A sociedade brasileira não tolera mais a corrupção. Operações como a Lava Jato revelaram o enorme prejuízo que o desvio de recursos públicos, a utilização do patrimônio público para fins privados e a apropriação de setores do Estado causam ao Brasil. Os corruptos mostraram, também, que se aproveitam de momentos em que são necessárias medidas emergenciais – como no caso da pandemia do Covid-19 – para praticar desvio de recursos nas brechas das medidas econômicas e legais de caráter excepcional.
O clamor pelo fim da impunidade tem crescido e a população espera que as leis reflitam isso de maneira clara. É necessário, assim, montar uma estrutura de combate permanente à corrupção que desestimule corruptos e corruptores, com a certeza da punição. Deve-se construir um sistema de leis que se fundamente nos princípios da transparência e do controle e também no princípio da proporcionalidade.
As ações do NOVO relativas ao combate à corrupção buscam garantir que a punição exista para todos os corruptos. É importante fazer com que as penas sejam realmente cumpridas, sem protelações; que não exista mais o foro privilegiado, que na prática exime alguns da pena; que exista rigor na punição por atos corruptos, inclusive para todos os crimes cometidos no âmbito dos partidos políticos e das campanhas eleitorais; que os Tribunais de Contas e suas composições sejam reformados; e que alguns instrumentos do direito penal e processual penal que vêm dando bons resultados, como os acordos de delação e acordos de leniência, sejam usados em casos de improbidade administrativa.
É preciso, ainda, promover reformas legislativas para aprimorar a transparência, a eficiência e a integridade na gestão de recursos públicos de qualquer natureza. Quando a sociedade, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário protagonizam, ao mesmo tempo, ações de combate à corrupção, damos início à transformação.